terça-feira, 16 de novembro de 2010

Comissão irá investigar denúncia dos servidores do Saae de Angra

A Câmara dos Vereadores de Angra dos Reis iniciou hoje (16) a criação de uma Comissão Temporária Especial para o Acompanhamento das Questões Relativas às Denúncias sobre as Condições de Trabalho dos Servidores do Saae de Angra. A proposta surgiu após a denúncia de que os funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Angra dos Reis (Saae) estariam trabalhando em "péssimas condições".

No mês passado, funcionários do Saae protestaram contra as supostas más condições de trabalho que, segundo eles, são impostas pela direção da autarquia e pela prefeitura. Junto com integrantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, os manifestantes foram para frente da sede do Saae, no bairro Balneário, para reivindicarem melhorias nas instalações do local de trabalho; no tratamento com os empregados; e no serviço de abastecimento de água da cidade.

Dentre as reivindicações apresentadas, se destacam a revitalização da infraestrutura da sede do Saee; a modernização da frota de veículos e dos equipamentos; o investimento em cursos de aperfeiçoamento; e a diminuição de cargos comissionados.

- Já tem bastante tempo que estamos conversando, conversando e até agora nada. Eles dizem que vão fazer, que as coisas vão melhorar, mas chegamos ao nosso limite. Como querem abastecer a cidade se não tem nem condições dos servidores trabalhar? É inadmissível isso - protestou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Angra, Daniel Neves.

Há três anos, os funcionários da autarquia lutam pelas melhorias das condições do ambiente de trabalho. Eles alegam que as instalações do órgão estão precárias, com armazéns quebrados e cheio de goteiras; banheiros imundos e sem manutenção; vestiários e armários expostos ao tempo, proporcionando ferrugem e surgimento de animais, como ratos, baratas, carrapatos e cobras. O setor de transporte também tem sido alvo de reclamações dos servidores, devido às irregularidades como pneus carecas, problemas mecânicos, documentação atrasada, falta de placas, dentre outros.

- As autoridades precisam se lembrar que sem os trabalhadores não há o trabalho. E como querem que os servidores trabalhem nessas condições. Hoje o funcionário não tem nem onde guardar suas roupas, pois os armários estão cheio de carrapatos e enferrujados. Precisamos fazer alguma coisa. Esse movimento foi apenas um aviso, porque já nos cansamos desse descaso do poder público. Se não tivermos nossas reivindicações atendidas, da próxima vez, iremos parar as ruas e fazer o protesto em toda a cidade - afirmou o sindicalista.

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